Neste mês aconteceu a nossa terceira sessão clínica de 2021, no Hospital e Clínica São Roque, sobre os efeitos colaterais graves com a vacina contra a COVID-19 e colangiopatia pós COVID-19 – discussão de casos clínicos com os médicos Dr. Renato D’Oliveira Vieira (CRM-BA 19.808) e Dr. Marcelo Silva (CRM-BA 8725), com a participação de toda a equipe de médicos e profissionais de saúde da unidade.
A vacina é o principal meio de proteção contra o contágio da COVID-19, nas suas formas moderadas, graves e até mesmo do óbito causado pela doença.
Apesar da rapidez na confecção e comercialização das vacinas, todas as vacinas em uso aqui no Brasil mostraram-se bastante seguras e eficazes.
As vacinas não alteram nosso código genético e nem tem a mínima chance de causar COVID-19 na pessoa que recebeu o imunizante. Ainda assim, as vacinas apresentam um percentual muito baixo de eventos adversos graves, que nós como médicos e até mesmo os pacientes devem conhecer. Esse conhecimento é importante pois a informação correta permite identificação e tratamentos precoces!
Também cabe ressaltar que a maioria do eventos adversos graves pós vacinais, na maioria das vezes, não tem causalidade com a vacina, sendo em sua maioria eventos coincidentes/inconsistentes. As manifestações de causalidade com as vacinas já bem demonstradas são: síndrome da trombose trombocitopenia com as vacinas AstraZeneca e miocardite/pericardite com vacinas da Pfizer e Moderna. Mesmo assim, pesando o risco desses eventos e os benefícios de proteção contra a COVID-19, os seus benefícios superam em muito tais riscos!
A literatura mundial tem descrito casos de colestase grave em pacientes que tiveram COVID-19 com gravidade com internamento em unidade de terapia intensiva . Estes pacientes apresentam coletase intensa com aumento de enzimas canaliculadas hepática com alterações nas vias biliares sugestiva de colangite esclerosante. Importante reconhecer estas alterações para seguimento do paciente.
Não deixem de se vacinar! A informação e a vacina são as melhores formas de proteção contra a COVID-19.